AÇÕES DESENVOLVIDAS NA UBS VILA INDUSTRIAL E TATETUBA

 Na Atenção Básica, a consulta médica é parte do processo de trabalho da equipe, e acontece de forma programática para o acompanhamento das condições de saúde do indivíduo, da família e da coletividade, respeitando-se os diferentes ciclos de vida em que ele se encontra: Saúde da Criança e Adolescente, Saúde da Mulher, Saúde do Adulto, Saúde do Homem e Saúde do Idoso, e dentro das diretrizes, normas e protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde e da SMS/SP. 

As agendas dos profissionais atendem as demandas agendadas e espontâneas, garantindo o atendimento longitudinal das linhas de cuidados, através de uma atenção à saúde de forma inclusiva, que facilite o acesso e atenda às necessidades do indivíduo de forma mais resolutiva, levando-se em consideração as questões mais expressivas do território. 

O acompanhamento qualitativo das consultas médicas acontece através de avaliações dos prontuários, onde serão observados alguns registros e itens relacionados ao atendimento dispensado ao usuário, e sempre se respeitando as recomendações dos Conselhos de Classes.

O atendimento médico, nas clínicas básicas (Clínica Médica, Pediatria e Ginecologia), estão de acordo com os critérios de organização dos serviços e definido pelo perfil epidemiológico da região, para os portadores de patologias de baixa e média complexidade, e cabe ao profissional médico: 

  • Registrar todas as informações do usuário, colhidas durante a consulta médica, em prontuário individual, conforme legislação vigente e recomendações do Conselho de Medicina;
  • Acolher e realizar o primeiro atendimento e investigação diagnóstica de todos os usuários, para que sejam inseridos na atenção básica, integrando a atividade programática com o atendimento não agendado,
  • Atender às demandas clínicas prestando o primeiro atendimento, quando necessário;
  • Avaliar a necessidade de encaminhamento aos demais níveis de complexidade, conforme articulação da UBS com a Rede de Atenção; 
  • Solicitar exames diagnósticos, realizar ou indicar procedimentos e/ou cuidados terapêuticos, e prescrever medicações, sempre que necessários; 
  • Solicitar exames de apoio diagnóstico, quando necessários, como Raio-X e ECG;
  • Solicitar retaguarda   hospitalar nos   casos   de maior gravidade e que ultrapassem a capacidade instalada da unidade;
  • Implantar e implementar os protocolos clínicos assistenciais, possibilitando as condições de qualificação da assistência médica;
  • Participar de grupos, discussões de casos clínicos e Planos Terapêuticos Individuais (PTI) com a equipe multidisciplinar da UBS.

A consulta de enfermagem (CE) é regulamentada pela lei do exercício profissional n° 7498/86, sendo de competência privativa do enfermeiro a sua realização bem como a prescrição da assistência de enfermagem, reforçando a melhoria nas condições da qualidade de vida por intermédio de uma abordagem educativa, contextualizada e participativa, sendo um processo de interação entre o profissional e o paciente, no qual o principal foco é a promoção da saúde. A consulta de enfermagem deve ter como foco principal os fatores de risco e suas consequências, a estabilidade nos quadros crônicos, a prevenção de complicações e a reabilitação. 

A Sistematização da assistência de enfermagem (SAE) é um método de trabalho constituído por etapas que permitem ao enfermeiro melhorar a organização e coordenação das atividades de enfermagem. 

A CE é sistematizada e compreende a realização de um histórico, com um enfoque que vai além dos aspectos biológicos. A elaboração de diagnósticos de enfermagem deve, por sua vez, contemplar ações, adotando-se ou não taxonomias consagradas ou a denominação de problemas ou de necessidades de atendimento e, finalmente, o plano assistencial inclui técnicas, normas e procedimentos que orientam e controlam a realização das ações destinadas à obtenção, análise e interpretação de informações acerca das condições de saúde da clientela, decisões quanto à orientação e outras medidas que possam influir na adoção de práticas favoráveis à saúde. A Consulta de Enfermagem (CE) contempla uma acuidade e ação global na abordagem não exclusivamente farmacológica e medicamentosa. Faz parte do processo educativo e deve estimular o paciente, família e comunidade à percepção do processo saúde-doença e da importância do auto-cuidado. 

A execução do Processo de Enfermagem é registrada formalmente, envolvendo: Um resumo dos dados coletados; Os diagnósticos de enfermagem acerca das respostas observadas; As ações ou intervenções de enfermagem realizadas; Os resultados alcançados através das intervenções. 

A documentação gerada por esses atendimentos permite aos membros da equipe de saúde tomar ciência das decisões, ações, e resultados obtidos com a assistência prestada. Essa documentação é representada pelos registros ou anotações de enfermagem e consiste em meio de comunicação para a equipe. 

Todos os enfermeiros possuem agenda organizada contemplando o cuidado continuado aos diferentes ciclos de vida, demanda espontânea.

As consultas odontológicas, acontecem de forma programática para o acompanhamento das condições de saúde bucal do indivíduo, da família e da coletividade, respeitando-se os diferentes ciclos de vida em que ele se encontra: Saúde da Criança e Adolescente, Saúde da Mulher, Saúde do Adulto, Saúde do Homem e Saúde do Idoso, e dentro das diretrizes, normas e protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde e da SMS/SP. 

As agendas dos profissionais atendem as demandas agendadas, garantindo o atendimento longitudinal das linhas de cuidados, através de uma atenção à saúde de forma inclusiva, que facilite o acesso e atenda às necessidades do indivíduo de forma mais resolutiva, levando-se em consideração as questões mais expressivas do território.

De acordo com a Portaria GM nº 648, de 29/3/2006, que aprova a Política Nacional de Atenção Básica e estabelecem diretrizes e normas para a organização desse nível de atenção, é atribuição comum a todos os profissionais da ESF/UBS realizar o cuidado em saúde da população adscrita, prioritariamente, no âmbito da Unidade de Saúde, no domicílio e nos demais espaços comunitários, quando necessário. 

A Visita Domiciliar (VD) é uma tecnologia de interação no cuidado à saúde, sendo um instrumento de intervenção fundamental utilizado pelas equipes de saúde como meio de inserção e de conhecimento da realidade de vida da população, favorecendo o estabelecimento de vínculos com a mesma e a compreensão de aspectos importantes da dinâmica das relações familiares. 

A realização da VD é um processo dinâmico, pois a cada visita, são identificadas novas situações, que alteram e/ou complementam as outras existentes e que apontam para reavaliações e intervenções. O planejamento para execução e avaliação das VDs acontece em caráter multidisciplinar respeitando as inserções técnicas de cada membro da equipe. 

As visitas são sistematizadas e regulares para os usuários que dela necessitem recomendando-se que estejam previstas nas ações programáticas, agendadas conforme programação semanal, priorizando as situações de risco e outras demandas da equipe. 

O retorno das visitas domiciliares com as informações para a equipe, o registro dos dados encontrados e a organização das intervenções proveniente destas VDs resultam em maior qualidade e efetividade das ações e deverão estar anotadas em prontuário. 

É importante ressaltar que a visita é realizada com empatia e respeito junto ao indivíduo, família e suas condições de vida e inserção no ambiente, bem como ser utilizada para ampliar o vínculo da equipe de saúde com a família/individuo. 

As visitas domiciliares estarão vinculadas ao P.A.D. – Programa de Atenção Domiciliar. 

O cuidado integral à saúde transcende o modelo clássico de atenção, pois compreende o cidadão como sujeito de direito, a responsabilização com porta aberta aos problemas de saúde, o acesso com resolubilidade, a integralidade do cuidado, as noções de vinculação, responsabilização, clínica ampliada e a gestão do cuidado, além da articulação de saberes e práticas multiprofissionais. 

O equacionamento do atendimento à demanda não agendada por meio da promoção do acesso com equidade de todos os usuários que procuram uma unidade de saúde se dá através do Acolhimento, ferramenta que requer um conjunto de ações articuladas, combinação do olhar sobre riscos e vulnerabilidade o que possibilita identificar através dos critérios de Classificação de Risco e Vulnerabilidade as diferentes gradações de risco, as situações de maior urgência e, com isso, proceder  às devidas priorizações, encaminhamentos e direcionamento aos serviços competentes e para outros. 

No Acolhimento os usuários são acolhidos por profissionais da equipe de enfermagem, conforme escala pré-estabelecida, que deverão escutar a queixa, as expectativas, identificar riscos e vulnerabilidade, e se responsabilizar para dar uma resposta adequada ao problema, conjugando as necessidades imediatas dos usuários com a oferta de serviço disponível, produzindo um direcionamento responsável e resolutivo à demanda de cada pessoa e uma mudança do foco do atendimento da doença para a pessoa, humanizando assim o atendimento. 

O Acolhimento nas Visitas Domiciliares visa um modelo de atenção que consiga responder às necessidades de saúde da população, garantindo o acesso universal aos serviços, ações preventivas de saúde e oferta de uma atenção integral de boa qualidade, torna-se de fundamental importância a reformulação das práticas de saúde e dos processos de trabalho. 

O acolhimento externo, através de visitas domiciliares, passa a ser considerado uma estratégia para promover mudanças nos processos de trabalho. 

A atividade, além de promover um vínculo do usuário com a UBS local, garante um maior embasamento na definição e priorização das ações de promoção e atenção à saúde. 

 Objetivos específicos: 

  • Promoção e prevenção da saúde • Proporcionar melhora na qualidade assistencial à saúde da região; 
  • Proporcionar orientação/acompanhamento, visando diminuição nos agravos no processo saúde-doença; 
  • Orientar e tirar dúvidas dos usuários, frente à realidade de seu ambiente; 
  • Realizar busca ativa como instrumento de vigilância em saúde; 
  • Integrar as ações de saúde com as ações da Secretaria Municipal da Saúde; 
  • Ampliar o acesso aos serviços de saúde; 
  • Aumentar a aderência dos usuários às Unidades de sua área de abrangência; 
  • Realizar planejamento de ações corretivas e promoções de saúde;

As linhas de cuidados são estratégias de estabelecimento de: “percursos assistenciais” e representam um ‘’continuum assistencial’’ composto por ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação.

Desse modo definem as ações e os serviços que devem ser desenvolvidos nos diferentes pontos de atenção de uma rede (nível primário, secundário e terciário),  nos sistemas de apoio e podem direcionar as prioridades do serviço, como visitas domiciliares, grupos educativos, e até mesmo prioridade nas consultas de enfermagem. Também expressam os fluxos assistenciais que devem ser garantidos aos usuários de acordo com suas necessidades. Funcionando como instrumento de trabalho da Gestão e Assistência.

Para garantia das linhas de Cuidado haverá enfermeiro dedicado a sua continuidade.

PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS MÉDICOS E DE ENFERMAGEM

A equipe de enfermagem dimensionada deverá ser composta por um técnico ou auxiliar de enfermagem para cada turno de trabalho. A supervisão e o treinamento em serviço serão realizados pelo enfermeiro do setor. A equipe pode ser ampliada, dependendo da demanda do serviço de saúde. Os profissionais deverão ser capacitados para adequado manejo da Rede de Frio, administração de imunobiológicos e vacinas disponibilizadas pelo Programa Nacional de Imunização e pelo Programa Estadual de Imunização. Também devem ser capacitados para o adequado registro dos dados administrativos: Mapa de Registro de Doses Aplicadas, Boletim Mensal de Doses Aplicadas, Movimentação de Imunobiológicos e Insumos, Ficha Registro, Controle de Temperatura da Geladeira e inserção no sistema SIGA Saúde/Vacina do Município de São Paulo das doses de imunobiológicos aplicados. As bases de dados produzidas nas Unidades seguem via Protocolo de Remessa para a SUVIS – Supervisão de Vigilância em Saúde do Município a fim de alimentar o sistema de informação SI-API, responsável pela avaliação do Programa de Imunização.

Para os procedimentos de inalação , medicação e curativo será dimensionado um técnico ou auxiliar por turno, podendo a equipe ser ampliada de acordo com a necessidade da demanda. O procedimento deverá ser realizado em sala de inalação composta com régua de ar comprimido / oxigênio, conforme prescrição médica e anotação em prontuário atendendo as recomendações técnicas regulamentadas, em local com boa ventilação e que garanta a privacidade do cliente durante o atendimento. Deverá ter segregação dos inaladores adultos / infantis esterilizados e utilizados em containers plásticos identificados. (Manual técnico: normatização das rotinas e procedimentos de enfermagem nas Unidades Básicas de Saúde / Secretaria da Saúde, Coordenação da Atenção Básica/Estratégia Saúde da Família. São Paulo: SMS, 2012).

Trata-se de um procedimento que se destina a aplicação de medicações por via oral, intramuscular, subcutânea, endovenosa e percutânea, além de realizar medidas de sinais vitais e antropométricas. Os profissionais são capacitados para que os procedimentos realizados aconteçam de forma adequada e segura, garantindo a eficácia dos tratamentos indicados. As salas são organizadas para o preparo e administração de medicamentos, possuem previsão de limpeza concorrente e terminal.

Os curativos e as retiradas de pontos serão realizados pela equipe de enfermagem, treinada, e de acordo com as normatizações técnicas e Protocolos Assistenciais vigentes. Os procedimentos de sutura simples e drenagem de abscesso serão realizados pela equipe médica, mediante a necessidade e solicitação médica, de acordo com as Normas Técnicas vigentes. Estes serviços estarão disponíveis durante todo o horário de funcionamento do serviço.

O Teste imunológico de gravidez urinário tem a finalidade de detectar a presença ou ausência do hormônio gonadotrofina coriônica liberado na implantação do embrião. Geralmente realizado após o 10º dia de atraso menstrual para detectar a gravidez. Para realização do exame a mulher não deve estar apresentando sangramento, nem utilizando pomadas ou cremes vaginais. Esse teste será disponibilizado a todas as mulheres que espontaneamente procurarem o serviço ou conforme solicitação médica ou do enfermeiro (a). O exame será realizado e anotado em prontuário pelo auxiliar de enfermagem, porém o resultado somente será informado pelo enfermeiro / médico. Frente ao resultado positivo, será realizado consulta com enfermeiro imediatamente para inclusão no Programa Mãe Paulistana, solicitação de exames e agendamento de posteriores consultas, grupos educativos durante todo o período da gestação e puerpério. Frente ao resultado negativo e persistindo a amenorreia o enfermeiro deverá orientar a usuária sobre a repetição do exame após sete dias com a primeira urina da manhã. Frente ao resultado negativo e persistindo a amenorreia solicitar BHCG, agendar consulta médica e orientar quanto ao Planejamento Familiar. Este serviço estará disponível durante todo o horário de funcionamento da unidade.

O exame de Papanicolaou é utilizado para detectar presença de lesões neoplásicas ou pré-neoplásicas e alguns processos de outras naturezas (inflamatórios, parasitários dentre outros) e deverá ser realizado em todas as mulheres com vida sexual ativa seguindo critérios de retorno pré-estabelecidos, de acordo com Protocolo vigente. Realizado através da coleta de material da região endocervice e ectocervice do colo do útero, e fixação do esfregaço em lâmina própria, com posterior encaminhamento para análise. As Unidades utilizarão um sistema de organização de aprazamento do retorno, mapeando essas mulheres mensalmente convocando-as bem como realizando busca ativa de faltosas. O arquivo será organizado e dividido por mês e anos subsequentes. De acordo com o tipo de alteração o aprazamento é realizado conforme Manual Técnico. (Manual técnico: Saúde da Mulher nas Unidades Básicas de Saúde / Secretaria da Saúde, Coordenação da Atenção Básica/Estratégia Saúde da Família. – 2. ed. – São Paulo: SMS, 2012). As unidades deverão utilizar de estratégias como “mutirões” aos finais de semana e atendimentos em horários flexíveis, para ampliar o acesso às mulheres impossibilitadas de realizarem o exame durante o horário tradicional de abertura da unidade. Para esta atividade haverá um auxiliar ou técnico de enfermagem por turno.

Procedimento realizado para diagnosticar várias doenças no recém nascido. No SUS são diagnosticadas seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia adrenal congênita. É preciso estar atento ao prazo ideal para a realização do Teste do Pezinho. A família deve levar o recém-nascido a uma unidade básica de saúde, preferencialmente, entre o 3° e o 5° dia de vida.

O procedimento de coleta de material para análise clinica será realizado através de amostras biológicas de material humano para exames laboratoriais. Tem finalidade de investigação clínica e epidemiológica, de diagnostico ou apoio diagnóstico, de avaliação pré-operatória, terapêutica e de acompanhamento clínico. Os profissionais realizarão a coleta das amostras e anotarão o procedimento em prontuário ou em Ficha Atendimento Ambulatorial. O procedimento da coleta atenderá as normas de Biossegurança estabelecida pela NR 32, durante o exercício das suas atividades, minimizando o risco de contato com sangue e fluidos corpóreos através do uso de EPI (óculos, máscaras, luvas e aventais). Os materiais serão acondicionados e retirados pela empresa contratada pela Prefeitura Municipal de São José dos Campos, os laudos serão entregues à Unidade diariamente. Os resultados normais serão entregues aos pacientes após serem transcritos nos prontuários, orientando a agendarem seus retornos com o profissional solicitante, caso já não o tenha feito. Os pacientes com resultado de exames alterado serão comunicados e agendados para atendimento na UBS com maior brevidade. 

Procedimento realizado para identificar, acompanhar e controlar os níveis pressóricos para prevenção e controle das doenças cardiovasculares. As aferições realizadas, segundo a VI Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, tanto em atividades individuais quanto atividades coletivas, serão anotadas em prontuário de forma sequencial e cronológica, bem como no cartão de acompanhamento dos usuários inseridos na Linha de Cuidado de Hipertensão e Diabetes. Deverá ser realizada por demanda espontânea, conforme solicitação da equipe médica e de enfermagem para acompanhamento de pacientes em visita domiciliar médica e de enfermagem, ou na comunidade durante a busca ativa para detecção de hipertensos.

Procedimento realizado para controle da temperatura corpórea, com objetivo de identificar alterações do controle homeotérmico. A verificação da temperatura axilar é a mais comum por ser um local de maior acessibilidade. Serão anotadas em prontuário de forma sequencial e cronológica. 

Trata-se da representação gráfica da transmissão de impulsos cardíacos, que registra a atividade elétrica do coração identificando alterações. O procedimento é realizado mediante o agendamento ou nas situações de urgência/emergência, por solicitação da equipe médica. (Manual Técnico: normatização das rotinas e procedimentos de enfermagem nas Unidades Básicas de Saúde. / Secretaria Municipal da Saúde. / Coordenação da Atenção Básica / PSF. São Paulo: SMS, 2006.).

Procedimento realizado por prescrição Médica/Enfermeiro com o objetivo de corrigir o desequilíbrio hidroeletrolítico pela reidratação, prevenindo a desidratação e os seus agravos. Será realizada com os sais de reidratação oral (SRO) e anotada em prontuário de forma sequencial e cronológica. 

Procedimento realizado por enfermeiro e auxiliar de enfermagem na sala de curativo, e que tem por finalidade a recuperação da integridade cutâneo mucosa do paciente. Dividido em GRAU I e GRAU II, onde o primeiro está associado às lesões mais simples, agudas, de menor complexidade, e que não esteja ligada à patologia que prejudique a cicatrização; e o segundo refere-se aos pacientes com lesões crônicas, de classificação cirúrgicas ou não cirúrgicas, onde o processo de recuperação tecidual não ocorreu na sequência ordenada, e assim não obtendo a reparação anatômica esperada. O curativo GRAU II SERÁ gerenciado pelo enfermeiro responsável pelo programa na unidade. O controle do tratamento das lesões deve ocorrer com enfoque no planejamento do tratamento clínico e tópico, de acordo com as condições sistêmicas do portador e quando necessário poderá ser encaminhado ao nível de atenção de maior complexidade.

Espaço destinado à esterilização, acondicionamento e distribuição do material médico hospitalar e odontológico, devendo seguir o fluxo determinado, com mobiliários, equipamentos, materiais e insumos necessários para a finalização do processo, bem como com controle químico e biológico que garanta o processo. (Manual Técnico: normatização das rotinas e procedimentos de enfermagem nas Unidades Básicas de Saúde. / Secretaria Municipal da Saúde. / Coordenação da Atenção Básica / PSF. São Paulo: SMS, 2006.).

Ambiente com espaço fisicamente determinado e especializado para recepção, separação, lavagem dos artigos contaminados e a descontaminação. Os colaboradores deverão utilizar EPIs padronizados e recomendados pelo Protocolo. 

A dispensação de medicamentos é o ato de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente, como resposta à apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado. Nesse ato, o paciente deve ser informado e orientado sobre o uso adequado do medicamento. 

O ato da dispensação deve assegurar que o medicamento de boa qualidade seja entregue ao paciente certo, na dose prescrita, na quantidade adequada; que sejam fornecidas as informações suficientes para o uso correto e que seja acondicionado de forma a preservar a qualidade do produto. 

A prescrição e dispensação de medicamentos no âmbito das Unidades pertencentes ao Sistema Único de Saúde (SUS) sob gestão municipal deverá ser norteada pela Portaria Municipal n° 338/2014 e pela Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME). Deverá ser realizada por profissional farmacêutico, técnico de farmácia ou auxiliar de farmácia devidamente capacitado para esta tarefa. A presença do farmacêutico é obrigatória em cumprimento à Lei Federal 5991/93. 

O ato da dispensação deverá ser seguido das seguintes etapas: 

  • Acolhimento do usuário; • Recebimento da receita médica ou odontológica e cartão SUS do paciente; • Leitura completa da receita; • Separação dos medicamentos prescritos; • Conferência dos medicamentos separados por outro colaborador; • Carimbo de dispensação com as seguintes informações: Unidade dispensadora, medicamentos dispensados, quantidades, visto do colaborador que separou e do que realizou a conferência; • Baixa dos medicamentos no Sistema GSS; • Entrega dos medicamentos ao paciente realizando a conferência juntamente com o mesmo; • Orientar o paciente quanto ao uso correto do medicamento, armazenamento e posologia; • Arquivamento da receita por ordem cronológica. O processo de dupla conferência deve ser realizado em todas as dispensações com o objetivo de minimizar a probabilidade de erros de dispensação e garantir a segurança do paciente. 

O farmacêutico deverá utilizar todos os recursos disponíveis para facilitar a compreensão dos usuários quanto ao uso dos medicamentos e promover ações para orientar os usuários quanto ao uso racional de medicamentos. 

A farmácia deverá acompanhar o horário de funcionamento da UBS, ou de acordo com determinação de SMS/SP. Será realizado o controle de estoque físico em relação ao sistema informatizado (Sistema de Gestão em Saúde – GSS). Os médicos e profissionais da unidade terão conhecimento das normas e padronização da SMS/SP quanto aos medicamentos e, para a prescrição, será priorizado a adoção de produtos padronizados constantes na Relação Municipal de Medicamentos Essenciais – REMUME. 

Dispensação de Medicamentos Controlados Constantes na Portaria SVS/MS nº 344/98 : 

Os medicamentos controlados pela Portaria 344/98 são dispensados somente mediante apresentação de receituário específico devidamente preenchido, sem rasuras, com data, nome completo do paciente, nome do medicamento com descrição do princípio ativo, posologia, carimbo e assinatura do médico  juntamente com o  cartão SUS e RG. A receita deve seguir as diretrizes estabelecidas na Portaria 344/98.Ao aviar a receita deverão ser preenchidas as seguintes informações: nome, RG, endereço e telefone da pessoa que está retirando o medicamento, quantidade dispensada, lote, validade do medicamento dispensado, assinatura de quem separou  e de quem conferiu a receita. O arquivo dos registros da movimentação de entradas e saídas dos medicamentos pertencentes à Portaria SVS/MS nº 344/98, serão inseridos no Sistema Informatizado GSS, conforme orientação da COVISA.